Saúde e Bem-estar

Tire suas dúvidas sobre pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Atualizado em: 12/06/24 | Dicas de saúde, Obstetrícia

Tire suas dúvidas sobre pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia são complicações exclusivas de gestantes e puérperas. Geralmente, manifestam-se entre a 20ª semana de gravidez e os primeiros dias após o parto, embora possam ocorrer até a sexta semana pós-parto. Se não tratadas, essas condições representam riscos significativos, tanto para a saúde da mãe quanto do bebê.

Este artigo aborda mais a respeito, enfatizando os fatores de risco e os sinais de alerta. Continue a leitura para esclarecer suas dúvidas!

O que são pré-eclâmpsia e eclâmpsia?

A hipertensão no final da gravidez é um evento comum, podendo evoluir para pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Conheça cada uma a seguir.

Pré-eclâmpsia

É caracterizada pelo surgimento de hipertensão arterial durante a gravidez ou pela piora de hipertensão preexistente devido à gestação. Estima-se que entre 3% a 7% das gestantes desenvolvam a condição, que pode persistir até o período pós-parto.

As causas exatas dessa complicação são desconhecidas. No entanto, existem vários fatores de risco conhecidos, incluindo:

  • pressão alta crônica;
  • histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores;
  • doença renal crônica;
  • diabetes;
  • obesidade;
  • lúpus eritematoso sistêmico (LES);
  • primeira gravidez antes dos 18 anos ou após os 35 anos;
  • gestação múltipla.

Eclâmpsia

eclâmpsia se refere a convulsões súbitas em mulheres com pré-eclâmpsia grave, que não foi adequadamente tratada. A condição afeta menos de 1% das gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia.

Quais são os sinais e sintomas associados?

Muitas mulheres com pré-eclâmpsia leve podem não apresentar sintomas. No entanto, outras podem exibir inchaços nas mãos, nos pés, ao redor dos olhos e/ou no pescoço, assim como petéquias na pele. Essas mulheres também podem ganhar peso rapidamente, excedendo 2,5 quilos por semana.

Nos casos de pré-eclâmpsia grave, podem ocorrer danos significativos a vários órgãos. Esses incluem sintomas como:

  • dores de cabeça intensas;
  • confusão mental;
  • visão distorcida;
  • náuseas e vômitos;
  • diminuição do volume de urina;
  • dificuldade para respirar;
  • dor na parte superior direita do abdômen;
  • reflexos hiperativos;
  • alta pressão arterial persistente;
  • convulsões que podem ser fatais se não tratadas imediatamente.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na avaliação clínica, incluindo medição da pressão arterial, e testes laboratoriais de sangue e urina. A condição é diagnosticada em mulheres que apresentam:

  • sintomas clássicos, especialmente inchaço e dores de cabeça;
  • aumento da pressão arterial durante a gravidez;
  • excesso de proteína na urina (proteinúria).

Como é o tratamento?

O tratamento pode variar de repouso e dieta balanceada até o uso de medicamentos para reduzir a pressão arterial. Em casos mais graves, pode-se induzir o parto por volta da 37ª semana de gestação. Para prevenir ou interromper convulsões, administra-se sulfato de magnésio intravenoso.

Mulheres com casos graves geralmente são internadas no hospital, possivelmente em unidades de terapia intensiva (UTI). O parto pode ser natural ou por cesárea, dependendo das circunstâncias.

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Após o nascimento, a mulher permanece sob observação por 24 horas, recebendo sulfato de magnésio e sendo monitorada para qualquer complicação. A alta hospitalar costuma ocorrer em dois a três dias, dependendo do tipo de parto.

Como é o pós-parto?

Após o parto, pode ser necessário o uso de anti-hipertensivos por até seis semanas. Mulheres que experienciaram pré-eclâmpsia e eclâmpsia devem consultar seu obstetra frequentemente.

Como prevenir complicações?

O acompanhamento pré-natal é crucial para prevenir ou diagnosticar precocemente as condições. Mulheres com risco moderado a alto podem receber doses baixas de aspirina entre 12 e 36 semanas de gestação.

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Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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