Histerectomia
Apesar de ser um procedimento recorrente entre as mulheres, a histerectomia ainda é cercada por alguns medos e tabus. Isso porque ela está, de certa forma, ligada a um simbolismo feminino, representado por um órgão exclusivo desse gênero, capaz de gerar a vida: o útero.
No entanto, quando essa cirurgia é indicada, nada melhor do que ter o máximo de informações confiáveis e ser apoiada pelo seu médico. Isso vai promover mais tranquilidade no procedimento e aumentar as chances de sucesso do tratamento.
A partir de agora, você confere os detalhes sobre a histerectomia, sua finalidade, indicações e como fica a vida da mulher depois da cirurgia. Siga com a gente.
O que é histerectomia?
A histerectomia é uma cirurgia realizada para a remoção do útero. Em algumas situações, dependendo das causas que exigem a retirada do órgão, pode ser necessário remover ainda outros órgãos adjacentes, como as tubas uterinas e os ovários.
Este procedimento é tão comum que, no SUS (Sistema Único de Saúde), a histerectomia é a segunda cirurgia mais realizada em mulheres que estão em idade fértil, atrás apenas do parto cirúrgico (a cesariana). O procedimento pode ser realizado, basicamente, por três vias: abdominal aberta, videolaparoscopia ou vaginal.
Como é feita a histerectomia?
Como citamos acima, existem três formas de realizar a histerectomia. A seguir, apresentamos um breve resumo de cada uma delas:
Histerectomia abdominal
A chamada cirurgia aberta é realizada por meio de um corte abdominal — de aproximadamente 8 centímetros — semelhante ao de uma cesariana. Neste caso, o cirurgião acessa e manipula o útero e órgãos vizinhos diretamente, por meio da incisão na parede abdominal.
Histerectomia vaginal
Na histerectomia vaginal, o acesso e remoção do útero é feita pela vagina. O cirurgião realiza todos os procedimentos sem incisões na barriga. Habitualmente, este é o procedimento adotado quando a paciente sofre de prolapso uterino. Como não tem cortes nem pontos no abdome — e, portanto, não há um período de cicatrização, o pós-operatório costuma ser mais fácil, menos doloroso e a recuperação é mais rápida.
Histerectomia por videolaparoscopia
Quando a histerectomia é feita por meio da videolaparoscopia, a paciente recebe pequenas incisões (geralmente uma de 10mm no umbigo e duas de 5mm na parte inferior do abdome), por onde o cirurgião introduz a câmera ótica e o instrumental cirúrgico. Toda a cirurgia é realizada pela imagem gerada pela câmera e o útero pode ser removido pela vagina. Neste procedimento, não é preciso fazer cortes na barriga, o que acelera a recuperação da paciente no pós-operatório.
Quando a histerectomia é recomendada?
Durante muitos anos, a histerectomia foi o único tratamento para algumas doenças benignas ginecológicas. Com o desenvolvimento da tecnologia e de outras modalidades menos invasivas, já se registra uma queda na frequência da sua realização.
Ainda assim, o procedimento, como já dissemos, é um dos mais recorrentes quando se trata de saúde feminina. Entre as principais indicações estão leiomiomas uterinos, Endometriose/Adenomiose, prolapso uterino e doenças malignas (câncer) ou pré-malignas:
Miomas uterinos
O mioma uterino (fibroide, leiomioma ou fibromioma) é o tumor benigno mais frequente na mulher. Quando a doença é persistente mesmo após a adoção de outros tratamentos — e a mulher não pretende preservar a fertilidade, a histerectomia é indicada.
Prolapso uterino
O prolapso dos órgãos pélvicos é uma condição benigna em que o útero começa a se exteriorizar pela vagina. Essa doença costuma ser mais frequente em mulheres com idade mais avançada. Normalmente, a histerectomia só não é indicada em casos que não manifestam sintomas ou quando a paciente tem alguma contra-indicação cirúrgica.
Câncer
Em casos de câncer de colo de útero, tubas uterinas ou ovário, dependendo do estadiamento da doença, a indicação mais viável pode ser a histerectomia. No entanto, essa decisão é tomada depois dos exames e em consonância entre paciente, médico e sua equipe.
Em algumas situações em que haja uma condição recorrente de hemorragias uterinas e dores pélvicas crônicas, com a supervisão do ginecologista e de acordo com os tratamentos já adotados, também pode haver indicação para a realização da histerectomia.
Como fica a vida após a histerectomia?
Depois de passado o período pós-operatório, que varia de acordo com o tipo de cirurgia, é hora de retomar a rotina. Neste sentido, a histerectomia promove algumas mudanças na vida da mulher. A primeira delas é que não haverá mais menstruação e a possibilidade de engravidar.
A retirada do útero não altera a libido e, portanto, não vai atrapalhar a vida sexual da mulher. Se na histerectomia houve remoção dos ovários, pode ser necessário fazer reposição hormonal. Mas, assim como na cirurgia, essa indicação é individualizada e deve ser acompanhada pelo seu médico de confiança.
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