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Laparoscopia ginecológica: entenda o que é e quando é indicada

Atualizado em: 17/11/24 | Ginecologia

Laparoscopia ginecológica: entenda o que é e quando é indicada

Laparoscopia ginecológica é técnica minimamente invasiva utilizada no diagnóstico e tratamento de condições benignas e malignas do aparelho reprodutor feminino, como miomas, endometriose e outras. Com diferentes indicações, ela pode ser executada por abordagem convencional ou robótica, sendo uma das cirurgias ginecológicas mais realizadas no mundo.

Neste artigo, mostramos a laparoscopia ginecológica é feita, quando é indicada e quais são as suas principais vantagens. Veja, também, onde realizá-la em Florianópolis, SC.

O que é a laparoscopia ginecológica?

A laparoscopia ginecológica é o tratamento de escolha para endometriose, gravidez ectópica (fora do útero), aderências (cicatrizes), miomas, entre outras condições do sistema reprodutor feminino. Esse inclui a vagina, a vulva, o colo uterino, as trompas, o útero e os ovários.

Graças à abordagem minimamente invasiva, a técnica dispensa a realização de amplos cortes. Dessa forma, possibilita que os tratamentos sejam feitos por meio de pequenas incisões abdominais, tornando o procedimento menos traumático e facilitando a recuperação.

Quais são as vantagens em comparação a outras técnicas?

Quando comparada à laparotomia (cirurgia aberta), a laparoscopia se mostra bem mais vantajosa. Para começo de conversa, trata-se de uma técnica menos traumática e mais segura, pois o risco de sangramentos e infecções é menor.

Outro benefício é o fato de favorecer uma recuperação mais rápida, com menor desconforto pós-operatório e retorno precoce às atividades de rotina. Além disso, os resultados estéticos são consideravelmente melhores, com cicatrizes pequenas e discretas!

Já quando comparada aos procedimentos por via vaginal (retirada do útero pela vagina), a via laparoscópica se destaca por permitir uma visão mais ampla da cavidade abdominal. Isso, como mencionado, possibilita uma abordagem diagnóstica e terapêutica mais abrangente.

Quais são as indicações para realizá-la?

Entre as indicações para a laparoscopia ginecológica diagnóstica, destacam-se as investigações de dor pélvica crônica, bem como de infertilidade inexplicável. Para isso, muitas vezes é necessário coletar uma pequena amostra de tecido da área afetada, enviando-a para análise laboratorial (biópsia).

Já em relação às indicações terapêuticas, pode-se citar o tratamento de:

  • aderências;
  • endometriose;
  • adenomiose;
  • doença inflamatória pélvica (DIP);
  • cistos de ovário;
  • torção de ovário;
  • gravidez ectópica;
  • e até alguns tipos de tumores.

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Quais cirurgias ginecológicas podem ser feitas por laparoscopia?

A laparoscopia ginecológica permite a realização de diversos tipos de cirurgias ginecológicas. As principais são:

  • laqueadura (ligadura de trompas);
  • remoção de alguns tipos de miomas (miomectomia assistida por laparoscopia);
  • remoção de cistos ovarianos (cistectomia assistida por laparoscopia);
  • remoção de um ou ambos os ovários e/ou trompas (salpingo-ooforectomia assistida por laparoscopia);
  • remoção de tumores ovarianos (ooforoplastia assistida por laparoscopia);
  • remoção do útero (histerectomia laparoscópica);
  • alguns procedimentos oncológicos, como linfadenectomia pélvica e periaórtica.

Existem contraindicações ao procedimento?

Existem poucas contraindicações absolutas à laparoscopia ginecológica. A principal delas é a instabilidade hemodinâmica (pressão arterial anormal) resultante de gravidez ectópica rompida.

No entanto, há diversos fatores de risco para a sua realização, os quais devem ser avaliados individualmente. É o caso da obesidade, da idade avançada, da cirurgia abdominal prévia e da presença de doenças cardíacas ou pulmonares.

Sendo assim, antes de receber a indicação para o procedimento, a paciente realiza exames de sangue e de urina. Caso seja detectada alguma alteração, como anemia, infecção do trato urinário, entre outras, é preciso tratá-la(s) previamente.

Em pacientes com condições cardíacas ou pulmonares preexistentes, assim como naquelas com suspeita de malignidade ginecológica, é necessário fazer uma radiografia torácica. Já em pacientes com anomalias uterinas, endometriose grave ou massa pélvica fixa, realiza-se um pielograma intravenoso (ou ultrassonografia renal).

O eletrocardiograma (ECG) pré-operatório costuma ser necessário para mulheres com mais de 50 anos. No entanto, dependendo das condições clínicas individuais, também pode ser indicado para as mais jovens.

Como é a realização da laparoscopia ginecológica?

Como mencionado, diferente das cirurgias ginecológicas convencionais, na laparoscopia ginecológica são realizadas pequenas incisões, em vez de cortes. Na maioria das vezes, essas se encontram no umbigo, na região supra púbica e em outros locais, conforme a necessidade individual. Em média, são feitas três incisões, com cerca de 5 mm a 10 mm cada.

O procedimento costuma ser executado com a paciente em posição ginecológica, sob anestesia geral e, por vezes, com intubação endotraqueal (para diminuir o risco de aspiração). No entanto, em alguns casos a cirurgia pode ser realizada sob sedação consciente.

Como é o pós-operatório e quais são os cuidados necessários?

O pós-operatório da laparoscopia ginecológica costuma ser mais tranquilo do que das cirurgias ginecológicas tradicionais. Ainda assim, é preciso ter os mesmos cuidados com as incisões, o que inclui:

  • higienizar as feridas operatórias durante o banho, delicadamente, com água e sabonete neutro;
  • não aplicar cremes corporais ou outros produtos sobre as incisões;
  • tomar a medicação prescrita, para o manejo da dor;
  • seguir a dieta recomendada, para auxiliar o funcionamento do intestino e aliviar a constipação;
  • manter a abstinência sexual pelo período recomendado pelo médico, o qual varia de duas a oito semanas.

Em geral, os sintomas após a realização do procedimento melhoram progressivamente, desaparecendo entre três e sete dias. É o caso da dor e do retorno à função intestinal normal.

Na ausência de complicações, geralmente, a paciente pode voltar às suas atividades de rotina em 72 horas. A exceção é a recuperação da histerectomia, a qual exige repouso relativo nas primeiras semanas. Vale destacar que o cuidado pós-operatório é de suma importância para um desfecho satisfatório, bem como para o bem-estar da paciente.

Quais são os riscos associados ao procedimento?

Apesar de minimamente invasiva, como em qualquer procedimento cirúrgico, a  laparoscopia envolve em riscos intraoperatórios e pós-operatórios. Entre eles, pode-se destacar as infecções, os sangramentos e as lesões de diversas estruturas e órgãos abdominais próximos. Esses riscos, porém, são mínimos se a cirurgia for realizada em centros especializados.

Onde realizar a laparoscopia em Florianópolis?

laparoscopia ginecológica deve ser realizada, somente, em um centro de referência em cirurgias ginecológicas. Se você está à procura de especialistas para fazer esse ou outros procedimentos em Florianópolis, conte com o Espaço Binah. Afinal, aqui reunimos um corpo clínico experiente, humanizado e altamente capacitado, bem como as mais modernas tecnologias médicas. Tudo isso para um atendimento seguro, efetivo e humanizado!

Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, se ainda tiver alguma dúvida a respeito, entre em contato para que possamos ajudar!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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