Quando o assunto é HIV e amamentação, você está atualizada? Até pouco tempo, recomendava-se que todas as pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) evitassem a amamentação. Porém, descobriu-se que o risco de transmissão por lactantes em tratamento antirretroviral, se virologicamente suprimidas, é de menos de 1%.
Com isso, pessoas nessa condição que apresentem o desejo de amamentar têm liberdade para agir como preferirem. Ou seja, a amamentação deixou de ser universalmente contraindicada para pessoas com HIV, sendo apresentada como uma alternativa de alimentação infantil segura e viável.
Neste artigo, explicamos mais a respeito e mostramos onde buscar orientação consciente e atualizada na região de Florianópolis, SC. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!
HIV e amamentação: qual é a relação?
A relação entre HIV e amamentação ainda gera muitas dúvidas. Sabe-se que, se não for feita nenhuma intervenção, o risco de transmissão vertical do vírus é alto, tanto na gestação, como no parto e no aleitamento.
Assim, as medidas para prevenir o contágio incluem a administração de medicamentos antirretrovirais da gravidez ao pós-parto e a profilaxia antirretroviral infantil. Graças a elas, o risco de transmissão vertical do HIV diminui consideravelmente.
O que mudou nas diretrizes sobre HIV e amamentação?
As diretrizes clínicas da American Academy of Pediatrics (AAP) para lactantes com HIV, que fazem uso da terapia antirretroviral (TARV), mudaram. Para poderem amamentar, é preciso apresentar supressão viral sustentada, com carga viral inferior a 50 cópias/mL de sangue. Nesses quadros, estima-se que o risco de transmissão viral via amamentação seja de menos de 1%.
Fora dessas condições, entretanto, a amamentação deve ser totalmente evitada. Nesses casos, recomenda-se o uso de fórmulas prescritas pelo pediatra, ou, quando necessário, por leite humano proveniente de um banco de leite.
Como evitar a transmissão do HIV pela amamentação?
Apesar das novas diretrizes, a AAP alerta que evitar a amamentação por pessoas com HIV é a única maneira de promover uma nutrição 100% sem riscos. Entretanto, a associação também reforça que os pediatras devem apresentar, às famílias soropositivas que desejam amamentar, a abordagem com redução de danos.
Isso, como explicado, vale somente para quem faz uso da TARV e apresenta supressão viral sustentada. Ou seja, é voltada, exclusivamente, às pessoas com HIV em situações de baixo risco. Do contrário, recomenda-se não amamentar.
Importância de conhecer o estado sorológico da gestante
A testagem de HIV, realizada na primeira consulta do pré-natal, é fundamental para conhecer o estado sorológico da gestante e, assim, conduzir o quadro da melhor forma possível. No terceiro trimestre, a sorologia deve ser repetida, principalmente, se houver risco de ter contraído o vírus.
Saiba mais em: 16 exames realizados durante a gestação
Importância da amamentação para a saúde de mãe e filho
A importância da amamentação para a saúde é amplamente conhecida e desejada. Afinal, além da nutrição ideal, favorecendo o crescimento pleno e saudável do bebê, existe o anseio de fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Isso sem falar que é muito mais prática e econômica do que fórmulas.
Já para a mulher, especificamente, sabe-se que a amamentação acelera o processo de retorno ao peso corporal habitual, de antes da gestação. Além disso, ajuda a reduzir o risco de desenvolver diabetes, hipertensão, obesidade e outras doenças crônicas. Previne, também, a ocorrência de cânceres de mama e de ovário.
No entanto, como explicado, mesmo com a adoção das medidas de segurança, o risco de transmissão do HIV na amamentação não pode ser totalmente eliminado. Por isso, é necessário discutir o assunto ainda no início da gestação, envolvendo uma equipe multidisciplinar devidamente capacitada, atualizada e humanizada.
Leia também: 10 especialistas em gestante para procurar durante a gravidez
Onde realizar o acompanhamento pré-natal em Florianópolis?
No Espaço Binah, é claro! Somos uma clínica de ginecologia e obstetrícia com uma equipe experiente e altamente especializada. Aqui, prezamos pela bioética, atendimento humanizado e medicina baseada em evidências científicas, mantendo-nos preparados para cuidar de gestantes e familiares em quaisquer condições clínicas.
Para encerrar, esperamos ter esclarecido a questão. Como mostrado, quando se trata de HIV e amamentação, o mais importante é que a orientação seja centrada nas mulheres e respectivos companheiros, de forma respeitosa, consciente e sem julgamentos. Afinal, individualizar cada caso é a melhor forma de promover a saúde e apoiar as famílias a tomar as melhores decisões acerca da nutrição infantil, reconhecendo riscos e benefícios.
Ainda tem dúvidas? Sem problemas: sinta-se à vontade para entrar em contato e nos perguntar. A equipe do Espaço Binah está à sua disposição!