Saúde e Bem-estar

Gravidez de risco: tire suas dúvidas sobre o assunto

Atualizado em: 18/01/23 | Obstetrícia

Gravidez de risco: tire suas dúvidas sobre o assunto

Ainda que a gestação seja um fenômeno saudável, para um pequeno grupo de mulheres, com características específicas, existe a probabilidade de evolução desfavorável. Trata-se da chamada gravidez de alto risco — ou, simplesmente, gravidez de risco. Nesses casos, mãe e filho precisam de um cuidado ainda mais próximo, criterioso e especializado.

Neste artigo, explicamos mais sobre essa condição. Veja, também, a importância de realizar o pré-natal com um ginecologista especialista nesse tipo de acompanhamento. Boa leitura!

O que é considerado gravidez de risco?

Gravidez de risco é aquela em que a vida ou a saúde da mulher e/ou do feto (ou do recém-nascido) têm maiores chances de sofrer complicações. Para ser classificada como tal, os médicos consideram uma série de marcadores e fatores, tais como:

  • idade materna menor do que 15 anos (ou ocorrência de menarca há menos de dois anos);
  • altura materna inferior a 1,45 m;
  • peso materno pré-gestacional inferior a 45 kg;
  • índice de massa corpórea (IMC) materno superior a 30;
  • situação conjugal insegura ou conflitos familiares;
  • dependência de álcool, cigarro e/ou drogas ilícitas;
  • exposição a riscos ocupacionais (excesso de esforço físico, exposição a agentes tóxicos, entre outros);
  • histórico reprodutivo anterior com complicações (abortamento, morte perinatal, parto prematuro, recém-nascido com crescimento restrito ou malformação, infertilidade, entre outros);
  • anormalidades estruturais no aparelho reprodutivo;
  • hipertensão arterial;
  • cardiopatias;
  • pneumopatias;
  • nefropatias;
  • endocrinopatias (como diabetes e doenças da tireoide);
  • hemopatias;
  • ginecopatias;
  • neoplasias;
  • epilepsia;
  • doenças infecciosas (como infecção do trato urinário e infecções sexualmente transmissíveis);
  • doenças autoimunes (como o lúpus eritematoso sistêmico);
  • cirurgia uterina anterior;
  • diabetes gestacional;
  • pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
  • hemorragias;
  • alterações de volume de líquido amniótico;
  • doença obstétrica atual; entre outros.

Como investigar todos esses fatores?

Para resumir, a presença de doenças crônicas prévias ou identificadas durante a gestação pode indicar que se trata de uma gravidez de risco elevado. O mesmo vale para as mulheres que tiveram uma gestação anterior classificada como tal.

Assim, a ocorrência de um ou mais marcadores e fatores de risco precisa ser investigada na assistência pré-natal. Isso pode ser feito por meio da anamnese, exame físico geral, exame gineco-obstétrico e/ou exames complementares.

Muitas vezes, como prevenção, é necessário:

  • aumentar a frequência das consultas de rotina, reavaliando o grau de risco a cada encontro;
  • iniciar um tratamento específico, pois a intervenção, quando precisa e precoce, evita problemas maiores.

Nesses casos, como deve ser a assistência pré-natal?

Como explicado, a prevenção, detecção e controle precoces de intercorrências na gestação de risco alto são essenciais para a saúde e bem-estar materno e fetal. Assim, seu seguimento busca reduzir as chances de complicações.

Para isso, a gestante deve ser informada e orientada, inclusive, sobre as mudanças necessárias nos hábitos de vida. No mais, as consultas do pré-natal devem conter:

  • avaliações clínicas completas, por meio da análise do histórico pessoal e dos resultados dos exames;
  • análises obstétricas assertivas, com o estabelecimento preciso da idade gestacional e acompanhamento da sua evolução (em relação ao crescimento e às condições de maturidade e vitalidade fetal);
  • observação das repercussões das condições clínicas da mulher na gestação e vice-versa;
  • indicação da via de parto e do momento mais adequado para realizá-lo;
  • um olhar atento aos aspectos emocionais e psicossociais envolvidos, os quais podem levar ao aumento da ansiedade e suas consequências negativas, entre outros distúrbios.

Existem ginecologistas especialistas em gravidez de alto risco?

Sim! O Dr. Pablo de Queiroz Santos, ginecologista e obstetra do Espaço Binah, é instrutor do Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO). Como tal, ele busca:

  • padronizar as condutas e os procedimentos realizados em situações de emergência e urgência, implementando sempre as melhores evidências científicas;
  • melhorar a qualidade da assistência à mulher e otimizar o desempenho dos profissionais envolvidos no pré-natal e no parto;
  • reduzir a morbidade e a mortalidade materno-infantil, bem como as complicações neonatais.

Mas, os cuidados não param por aí. Aqui, reunimos um corpo clínico multidisciplinar e humanizado, garantindo todo o cuidado e acolhimento necessários. Assim, além dos obstetras altamente qualificados, ainda contamos com nutricionista e enfermeira obstétrica. Dessa forma, se estiver em Florianópolis (SC), conte conosco para oferecer todo o suporte necessário à gravidez de risco!

Esperamos que o conteúdo tenha sido útil. Para conferir outras dicas e orientações, siga o Espaço Binah no Facebook e Instagram!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

VEJA TAMBÉM

Conheça o papel do sangue do cordão umbilical

Diversos estudos sugerem que o sangue do cordão umbilical (SCU) possui importantes funções protetivas para recém-nascidos (especialmente, prematuros), devido à presença de…
13 de outubro, 2024

Saiba tudo sobre a duração do trabalho de parto

A duração do trabalho de parto natural leva, em média, de 12 a 18 horas na primeira gestação. Já nas gestações subsequentes, o processo…
25 de setembro, 2024

O que é insuficiência cervical?

A insuficiência cervical (IC) é uma doença que provoca a dilatação precoce do colo do útero. Popularmente conhecida como “colo…
5 de setembro, 2024