Ainda que a gestação seja um fenômeno saudável, para um pequeno grupo de mulheres, com características específicas, existe a probabilidade de evolução desfavorável. Trata-se da chamada gravidez de alto risco — ou, simplesmente, gravidez de risco. Nesses casos, mãe e filho precisam de um cuidado ainda mais próximo, criterioso e especializado.
Neste artigo, explicamos mais sobre essa condição. Veja, também, a importância de realizar o pré-natal com um ginecologista especialista nesse tipo de acompanhamento. Boa leitura!
O que é considerado gravidez de risco?
Gravidez de risco é aquela em que a vida ou a saúde da mulher e/ou do feto (ou do recém-nascido) têm maiores chances de sofrer complicações. Para ser classificada como tal, os médicos consideram uma série de marcadores e fatores, tais como:
- idade materna menor do que 15 anos (ou ocorrência de menarca há menos de dois anos);
- altura materna inferior a 1,45 m;
- peso materno pré-gestacional inferior a 45 kg;
- índice de massa corpórea (IMC) materno superior a 30;
- situação conjugal insegura ou conflitos familiares;
- dependência de álcool, cigarro e/ou drogas ilícitas;
- exposição a riscos ocupacionais (excesso de esforço físico, exposição a agentes tóxicos, entre outros);
- histórico reprodutivo anterior com complicações (abortamento, morte perinatal, parto prematuro, recém-nascido com crescimento restrito ou malformação, infertilidade, entre outros);
- anormalidades estruturais no aparelho reprodutivo;
- hipertensão arterial;
- cardiopatias;
- pneumopatias;
- nefropatias;
- endocrinopatias (como diabetes e doenças da tireoide);
- hemopatias;
- ginecopatias;
- neoplasias;
- epilepsia;
- doenças infecciosas (como infecção do trato urinário e infecções sexualmente transmissíveis);
- doenças autoimunes (como o lúpus eritematoso sistêmico);
- cirurgia uterina anterior;
- diabetes gestacional;
- pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
- hemorragias;
- alterações de volume de líquido amniótico;
- doença obstétrica atual; entre outros.
Como investigar todos esses fatores?
Para resumir, a presença de doenças crônicas prévias ou identificadas durante a gestação pode indicar que se trata de uma gravidez de risco elevado. O mesmo vale para as mulheres que tiveram uma gestação anterior classificada como tal.
Assim, a ocorrência de um ou mais marcadores e fatores de risco precisa ser investigada na assistência pré-natal. Isso pode ser feito por meio da anamnese, exame físico geral, exame gineco-obstétrico e/ou exames complementares.
Muitas vezes, como prevenção, é necessário:
- aumentar a frequência das consultas de rotina, reavaliando o grau de risco a cada encontro;
- iniciar um tratamento específico, pois a intervenção, quando precisa e precoce, evita problemas maiores.
Nesses casos, como deve ser a assistência pré-natal?
Como explicado, a prevenção, detecção e controle precoces de intercorrências na gestação de risco alto são essenciais para a saúde e bem-estar materno e fetal. Assim, seu seguimento busca reduzir as chances de complicações.
Para isso, a gestante deve ser informada e orientada, inclusive, sobre as mudanças necessárias nos hábitos de vida. No mais, as consultas do pré-natal devem conter:
- avaliações clínicas completas, por meio da análise do histórico pessoal e dos resultados dos exames;
- análises obstétricas assertivas, com o estabelecimento preciso da idade gestacional e acompanhamento da sua evolução (em relação ao crescimento e às condições de maturidade e vitalidade fetal);
- observação das repercussões das condições clínicas da mulher na gestação e vice-versa;
- a indicação da via de parto e do momento mais adequado para realizá-lo;
- um olhar atento aos aspectos emocionais e psicossociais envolvidos, os quais podem levar ao aumento da ansiedade e suas consequências negativas, entre outros distúrbios.
Existem ginecologistas especialistas em gravidez de alto risco?
Sim! O Dr. Pablo de Queiroz Santos, ginecologista e obstetra do Espaço Binah, é instrutor do Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO). Como tal, ele busca:
- padronizar as condutas e os procedimentos realizados em situações de emergência e urgência, implementando sempre as melhores evidências científicas;
- melhorar a qualidade da assistência à mulher e otimizar o desempenho dos profissionais envolvidos no pré-natal e no parto;
- reduzir a morbidade e a mortalidade materno-infantil, bem como as complicações neonatais.
Mas, os cuidados não param por aí. Aqui, reunimos um corpo clínico multidisciplinar e humanizado, garantindo todo o cuidado e acolhimento necessários. Assim, além dos obstetras altamente qualificados, ainda contamos com nutricionista e enfermeira obstétrica. Dessa forma, se estiver em Florianópolis (SC), conte conosco para oferecer todo o suporte necessário à gravidez de risco!
Esperamos que o conteúdo tenha sido útil. Para conferir outras dicas e orientações, siga o Espaço Binah no Facebook e Instagram!