No momento de escolher o método contraceptivo para o seu planejamento familiar, é comum que apareçam muitas questões sobre cada um deles. No caso do DIU, por exemplo. ainda existem dúvidas sobre as suas vantagens e cuidados necessários durante o uso.
Este dispositivo tem sido cada vez mais escolhido pelas mulheres e não é à toa. Além de prático e cômodo, ele apresenta um baixíssimo índice de falha, como mostraremos em detalhes neste artigo. Siga com a gente para saber mais sobre o DIU, seus tipos e indicações.
O que é o DIU?
O DIU, ou dispositivo intrauterino, é um método contraceptivo reversível e de longo prazo. Formado por uma pequena estrutura em formato de “T” ou “Y”, ele é colocado, por um médico, no interior do útero da mulher e é, atualmente, o método mais utilizado — em função de suas características que unem alta eficácia e segurança, facilidade de uso e baixo custo.
Existem dois tipos de DIU. Ambos impedem a fecundação ao não permitir o contato dos espermatozoides com o óvulo. Isso se dá através da liberação de substâncias — hormonais ou não — que inibem a movimentação dos gametas masculinos e femininos dentro do útero.
Quais os índices de eficácia do DIU?
A eficácia do DIU, assim com o seu tempo de duração são diferentes de acordo com o tipo de dispositivo e até a idade da mulher. Segundo estudos recentes, o DIU não hormonal chega a permanecer no corpo por 10 anos sem reposição e apresenta um risco de falha que pode variar de 0,5% a 0,8%.
Já no caso do DIU hormonal, ele pode ter eficácia por até 5 anos. Neste tipo, o risco de falha cai para apenas 0,2%. De maneira geral, os dois tipos apresentam uma eficácia superior aos 99%, com taxa de gravidez inferior a 1 a cada 100 mulheres por ano.
Quais os tipos de DIU e suas características?
Falamos há pouco que a eficácia e a duração do DIU varia de acordo com o seu tipo. Mas, enfim, quais são eles? Apesar de terem a mesma finalidade, os dois tipos de DIU, possuem composição e funcionamento distintos, como mostramos abaixo:
DIU não hormonal
Este tipo é também conhecido como DIU de cobre ou de prata. Isso porque, apesar de ter estrutura feita em plástico, ele é revestida com um desses metais (ou ambos). O DIU não hormonal evita a fecundação por liberar pequenas quantidades destes materiais do revestimento no útero, gerando uma reação inflamatória crônica.
Essa condição promove uma ação espermicida, além de diminuir a atividade do óvulo e bloquear a passagem dos espermatozoides para o local. Isso ocorre por conta das mudanças no muco cervical e no tecido do interior do órgão.
- Indicações: recomendado para lactantes e mulheres que possuem contraindicação ao uso de hormônios;
- Vantagens: possui poucos efeitos colaterais sistêmicos. Não causa aumento de peso e, geralmente, não afeta o humor nem a libido;
- Desvantagens: pode intensificar o fluxo e as cólicas menstruais.
DIU hormonal
Ao contrário do DIU não hormonal, este dispositivo tem sua eficácia garantida pela liberação local da progesterona. Com isso, o endométrio (parte interna do útero) fica fino e inapto para gestação, além de tornar o muco do colo do útero mais espesso, formando uma espécie de tampão, que impede a entrada dos espermatozoides na cavidade uterina. Caso passe por esse tampão a motilidade dos espermatozóides também fica prejudicada.
- Indicações: adequado para mulheres que precisam tratar a endometriose ou controlar o fluxo menstrual intenso;
- Vantagens: compatível com a amamentação, ele ajuda a diminuir cólicas e fluxo menstrual, auxilia o equilíbrio hormonal no período pré-menopausa e pode proteger contra o câncer de endométrio e ovário. Menor nível sanguíneo de hormônio quando comparado às pílulas.
- Desvantagens: apesar de menos frequente do que nas pílulas, também pode causar dores de cabeça, nos seios, perda do desejo sexual, leve aumento de peso e atraso de menstruação.
Quais as contra-indicações do DIU?
Acabamos de mostrar algumas vantagens e desvantagens dos dois tipos de DIU. Para além de avaliar esses pontos, é preciso saber se o método tem alguma contraindicação, baseando-se nas condições de saúde de cada mulher.
De modo geral, podemos adiantar que esse método apresenta algumas contra-indicações. O DIU hormonal, por exemplo, não deve ser adotado por mulheres que tiveram câncer de mama nos últimos 5 anos ou que tenham doenças hepáticas, infecção no interior do trato genital, câncer de útero ou de fígado.
No caso do não-hormonal, ele deve ser evitado por mulheres que com problemas na coagulação ou quem tem fluxo menstrual intenso e costuma ter cólicas no período. Além disso, é preciso descartar a alergia ao cobre ou prata.
Quais os cuidados no uso do DIU?
O primeiro e fundamental cuidado para quem pretende utilizar o DIU é passar por uma consulta ginecológica com um especialista. Isso é fundamental tanto para investigar as condições de saúde, pois apenas um médico qualificado pode implantar o DIU.
Depois de avaliar se esse contraceptivo é a melhor opção, vai ser preciso definir qual dos tipos de DIU é o mais indicado para você. É muito importante respeitar todas as etapas desse processo para evitar riscos de saúde e descontentamento futuro com o método escolhido.
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