Se você está considerando usar um método contraceptivo de longa duração, com certeza já se perguntou como funciona o DIU (dispositivo intrauterino). O implante, que corresponde a 23% dos anticoncepcionais femininos utilizados no mundo, destaca-se pela eficácia, praticidade e rápida reversibilidade.
Neste artigo, explicamos seu mecanismo de ação (hormonal e não hormonal) e respondemos às dúvidas mais frequentes a respeito. Confira!
O que é o dispositivo intrauterino?
O DIU é um método de prevenção à gravidez de longo prazo, não cirúrgico e reversível. Trata-se de um pequeno dispositivo em forma de “T” ou de “Y”, facilmente inserido no útero.
Para isso, a mulher fica em posição ginecológica. O procedimento é realizado pelo ginecologista, sem a obrigatoriedade de anestesia, no próprio consultório médico.
A remoção, por sua vez, seja para substituição (ao final da duração) ou por outros motivos (desejo de engravidar, por exemplo), também é bastante simples. Vale destacar que o dispositivo é bem tolerado pela maioria das mulheres, sem provocar efeitos colaterais graves.
Quais são os cuidados pré-implantação?
Indica-se que a mulher fique, pelo menos, 30 dias sem ter relações sexuais desprotegidas — ou seja, use camisinha no mês anterior ao procedimento. Além disso, deve-se fazer o procedimento no período menstrual.
No mais, antes de inseri-lo, é preciso:
- avaliar o tamanho e a posição do útero, por meio de exames pélvicos;
- rastrear e, caso necessário, tratar eventuais infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Quais são os tipos de DIU existentes?
Existem dois tipos de DIU: não hormonal (de cobre ou prata) e hormonal (liberador de levonorgestrel, também chamado LNG). O primeiro pode ser usado por até dez anos e, o segundo, por até cinco anos.
No Brasil temos apenas dois tipos de DIU hormonal:
– Mirena ®, com 52 mg de levonorgestrel (indicado para quem quer contracepção associada a uma diminuição significativa do sangramento menstrual);
– Kyleena®, com 19,5 mg de levonorgestrel (indicado para quem quer apenas contracepção —por ser menor e mais fácil de inserir, é muito utilizado em adolescentes e mulheres que não tiveram filhos).
Na prática, como funciona o DIU?
O implante de DIU impede que os espermatozoides alcancem as trompas e encontrem os óvulos. Isso ocorre:
- devido à estrutura do dispositivo, a qual ainda provoca uma reação inflamatória crônica no organismo, sendo tóxica para os gametas;
- por conta do efeito da medicação (no DIU hormonal) ou da ação espermicida do metal (no DIU não hormonal).
Dúvidas mais frequentes em relação ao DIU
Apesar de conhecido, sabemos que existe uma série de dúvidas sobre o DIU. A seguir, respondemos às mais ouvidas nos consultórios ginecológicos. Confira!
O DIU pode falhar?
O DIU é considerado o método contraceptivo reversível mais eficaz, com baixíssimo índice de falha. Ele proporciona uma taxa de prevenção à gravidez de mais de 99%. No caso do DIU de cobre, o risco de falha varia de 0,5% a 0,8%. No DIU hormonal, o percentual cai para 0,2%.
Como escolher o tipo de DIU mais adequado?
A indicação é feita pelo ginecologista, com base nas características clínicas e expectativas de cada mulher. De maneira geral, o DIU não hormonal é recomendado para quem possui contraindicação ao uso de hormônios. Já o DIU hormonal costuma ser recomendado para quem precisa controlar o fluxo menstrual intenso, diminuir as fortes cólicas e/ou tratar a endometriose.
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O DIU pode ser colocado após o parto?
Sim. Uma das dúvidas sobre como funciona o DIU é se ele pode ser implantado logo após o parto. Isso é possível, seja vaginal ou cesárea — mas, para diminuir o risco de expulsão, recomenda-se aguardar 40 dias do nascimento. Além disso, também pode ser colocado após abortos (espontâneos ou induzidos).
O DIU serve como contraceptivo de emergência?
Sim. Assim como a chamada pílula do dia seguinte, o DIU também pode ser usado como contraceptivo de emergência. No caso, ele precisa ser implantado em até cinco dias após a relação sexual.
Como fica a menstruação após o implante?
Tanto o DIU não hormonal como o hormonal alteram o padrão de sangramento. No primeiro caso, na maioria das vezes, o fluxo se torna mais intenso, assim como as cólicas menstruais. Já no segundo, conforme a dosagem de LNG empregada, a mulher pode parar de menstruar (amenorreia) ou ter apenas um sangramento leve.
Como fica a fertilidade após removê-lo?
Uma das principais vantagens do DIU é a rápida reversão. Assim, o implante pode ser removido a qualquer momento e a mulher retorna, imediatamente, à fertilidade pré-existente — independentemente do tempo de uso.
Agora que você sabe como funciona o DIU, caso queira avaliar a possibilidade de utilizá-lo, conte com a equipe do Espaço Binah! Somos uma clínica especializada na saúde da mulher, com mais de 10 anos de experiência na realização desse e de outros procedimentos ginecológicos.
Caso tenha restado alguma dúvida sobre o assunto, sinta-se à vontade para entrar em contato. Estamos à disposição!