Saúde e Bem-estar

Como fica o útero após AMIU?

Atualizado em: 2/06/23 | Obstetrícia

Como fica o útero após AMIU?

aspiração manual intrauterina (AMIU) é o método de escolha no tratamento ambulatorial do abortamento incompleto ou retido. No entanto, muitas mulheres com indicação para realizá-lo têm dúvidas sobre como fica o útero após AMIU. Na prática, trata-se de um procedimento que promove o esvaziamento uterino, prevenindo maiores complicações. Neste artigo, esclarecemos as dúvidas a respeito. Se você pretende fazer ou já fez uma AMIU, vale a pena conferir.

Quais são as indicações para a AMIU?

AMIU é realizada, geralmente, no primeiro trimestre da gestação. Ela é indicada para o esvaziamento uterino em casos de abortamentos retidos ou incompletos, sejam espontâneos ou induzidos. Os últimos, aliás, são permitidos no Brasil nas seguintes situações:

  • risco considerável de morte materna;
  • feto anencefálico;
  • gravidez comprovadamente decorrente de estupro.

Para avaliar a viabilidade do procedimento, o médico realiza exames físicos e solicita um ultrassom pélvico. Pode ser preciso fazer, também, fazer avaliações cardíacas e pulmonares.

No entanto, a AMIU não é indicada para abortos após 12 semanas de gestação ou para mulheres com dilatação cervical maior do que 12 mm. Também é contraindicada quando existem condições anatômicas que dificultem o acesso à cavidade uterina, como a presença de miomas muito grandes. Nesses quadros, quando o esvaziamento por aspiração não é possível, a curetagem uterina é tida como a melhor opção.

A AMIU é mais indicada do que a curetagem uterina?

De acordo com a Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetras (FIGO) e com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outras sociedades e associações médicas, sim. O procedimento, feito em ambiente ambulatorial, sob anestesia local e/ou sedação, é considerado uma maneira simples, segura e rápida de tratar a perda gestacional.

Para isso, introduz-se uma cânula fina (até 12 mm), flexível e com ponta arredondada no canal vaginal, para raspar e aspirar o conteúdo uterino. Além de ser uma abordagem mais humanizada ao abortamento, o método apresenta baixas taxas de complicações, implicando em menos riscos para a mulher.

Na curetagem uterina, por outro lado, existe um maior risco de deixar vestígios do concepto na cavidade uterina. Além disso, pode ocorrer perfuração da estrutura, levando a um futuro quadro de endometriose. Aumenta-se, também, as chances de infertilidade, pois a dilatação cervical pode provocar alterações no colo uterino.

Existe, ainda, o risco de formação de aderências entre as paredes do útero, o que também dificulta a concepção. Tudo isso somado ao maior desgaste físico e emocional da mulher.

Uma vez realizada, como fica o útero após AMIU?

Ao término da aspiração uterina, a maioria das mulheres que receberam anestesia leve ou moderada permanece um curto período sob observação, por volta de 20 a 30 minutos. Em seguida, na ausência de complicações médicas (como anemia grave) é liberada e pode ir para casa.

Em relação a como fica o útero após AMIU, a recuperação completa demora algumas semanas. Espera-se que o ciclo menstrual volte ao normal em um período de quatro a seis semanas.

fertilidade, por sua vez, é restabelecida rapidamente, por volta de dez dias. Se o objetivo for tentar engravidar novamente, inicia-se o planejamento gestacional imediatamente.

Já se não houver o desejo de engravidar, deve-se usar métodos contraceptivos tão logo a mulher volte a ter relações sexuais. Entre as opções, há o dispositivo intrauterino (DIU), o qual pode ser implantado, caso a mulher deseje, no mesmo dia da AMIU.

Há, também, os hormônios injetáveis (mensais ou trimestrais), a pílula anticoncepcional e os preservativos (feminino ou masculino). Os últimos, vale reforçar, são imprescindíveis para a proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Agora que você sabe como fica o útero após AMIU, escolha uma clínica de referência em saúde da mulher para realizá-la. No Espaço Binah, localizado em Florianópolis, SC, as cirurgias ginecológicas são feitas buscando a máxima segurança, humanização e conforto, tanto do ponto de vista físico como emocional. Além disso, também realizamos o acompanhamento de rotina pós-procedimento — mostrando as melhores formas de prevenir ou planejar a próxima gestação.

Caso ainda tenha dúvidas a respeito, lembre-se: nossa equipe de especialistas está à disposição. Se precisar, sinta-se à vontade para entrar em contato!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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