O check-up ginecológico faz parte da rotina de cuidados com a saúde e o bem-estar da mulher. Por isso, deve ser iniciado com a menarca. Mas, ao longo da vida, a periodicidade das consultas e os exames indicados não permanecem os mesmos, variando conforme a faixa etária e condições individuais.
Neste artigo, explicamos a importância da avaliação ginecológica regular e esclarecemos as principais dúvidas a respeito. Para saber mais, continue a leitura!
O que é o check-up ginecológico?
O check-up ginecológico é feito pelo médico da mulher — o ginecologista — e serve, basicamente, para verificar a saúde do sistema reprodutor feminino. De maneira geral, ele consiste:
- na avaliação clínica (considerando os hábitos de vida e o histórico pessoal e familiar);
- na realização de exames físicos (como exame pélvico, das mamas e palpação do pescoço e da glândula tireoide), mas sem deixar de fazer um exame físico completo como ausculta cardíaca e pulmonar;
- na solicitação de exames complementares (laboratoriais e/ou de imagem).
Além disso, nessas consultas também são discutidos assuntos importantes, tais como métodos anticoncepcionais, hábitos de higiene, rotinas para melhorar a qualidade de vida e otimização da saúde como um todo. Por isso, é imprescindível contar com um bom profissional para acompanhá-la nas diferentes etapas da vida.
Quais são os exames realizados?
Os exames ginecológicos variam conforme a idade e as condições clínicas da mulher. Os principais são:
- exame pélvico, o qual inclui a avaliação dos órgãos genitais externos, internos e, por vezes, do reto;
- exames de sangue, o qual pode ser padrão, com foco hormonal e/ou servir para a pesquisa de doenças infecciosas;
- Papanicolau, realizado por meio da análise laboratorial de uma pequena amostra de células do colo do útero, coletada durante o exame pélvico, indicado para mulheres que têm ou já tiveram vida sexual ativa, principalmente, entre 25 e 59 anos;
- palpação das mamas, para identificar a presença de nódulos;
- ultrassom das mamas, para uma avaliação mais precisa das mamas quando necessário;
- mamografia, para rastrear o câncer de mama, podendo ser indicada como exame de rotina a partir dos 40 anos;
- ultrassonografia pélvica, para avaliar o funcionamento dos ovários, a parede uterina e o endométrio, revelando eventuais alterações;
- ultrassonografia transvaginal, solicitada quando o ginecologista identifica alguma alteração no exame físico ou precisa investigar alguma disfunção, como menstruação irregular;
- densitometria óssea, para detectar a presença de osteoporose ou osteopenia, em mulheres na menopausa.
Mas, além dos exames básicos, a presença de fatores de risco associados pode levar à solicitação de avaliações extras. Essas, no entanto, são indicadas caso a caso.
Por que é importante realizá-lo?
As consultas e os check-ups ginecológicos são essenciais para manter a saúde em dia. Afinal, ajudam a prevenir a ocorrência, bem como o agravamento, de uma série de doenças.
A prevenção, especificamente, ocorre quando as mulheres seguem as orientações fornecidas pelos seus médicos. Isso, vale destacar, se dá promovendo melhorias no seu estilo de vida e/ou tomando corretamente a medicação prescrita.
Já em relação ao agravamento, ou seja, quando existe algum tipo de problema, a checagem periódica favorece o tratamento precoce. Dessa forma, ela reduz as complicações e aumenta as chances de cura.
Quais problemas de saúde podem ser identificados?
Como mencionado, os exames ginecológicos periódicos permitem identificar uma série de doenças graves. As principais são:
- IST e câncer de colo do útero, rastreadas pelo Papanicolau;
- câncer de mama, rastreado pela ultrassonografia das mamas ou pela mamografia;
- osteoporose e osteopenia, rastreadas pela densitometria óssea da coluna e do quadril;
- entre outras.
Qual é a frequência recomendada?
O consenso médico é o de que mulheres assintomáticas devem fazer uma visita anual ao especialista. Na ocasião, ele indicará os exames necessários e, caso identifique alguma alteração, iniciará o tratamento o mais breve possível.
Já quando a mulher apresenta queixas ou sintomas (como dor pélvica, coceira, caroços nas mamas, entre outros) ou foi exposta a um comportamento de risco (como relação sexual desprotegida, por exemplo), a procura por ajuda deve ser imediata. Afinal, não se deve nunca esperar um quadro clínico se agravar para consultar um médico.
Assim, a frequência do check-up ginecológico varia conforme a idade e as características de cada mulher. Se você deseja zelar pela sua saúde, bem-estar e qualidade de vida, encontre um médico de confiança e vá às consultas periodicamente!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, caso ainda exista alguma dúvida, entre em contato para que possamos ajudar. Estamos à sua disposição!