Saúde e Bem-estar

Com que frequência devo realizar um check-up ginecológico?

Atualizado em: 15/02/23 | Ginecologia

Com que frequência devo realizar um check-up ginecológico?

check-up ginecológico faz parte da rotina de cuidados com a saúde e o bem-estar da mulher. Por isso, deve ser iniciado com a menarca. Mas, ao longo da vida, a periodicidade das consultas e os exames indicados não permanecem os mesmos, variando conforme a faixa etária e condições individuais.

Neste artigo, explicamos a importância da avaliação ginecológica regular e esclarecemos as principais dúvidas a respeito. Para saber mais, continue a leitura!

O que é o check-up ginecológico?

O check-up ginecológico é feito pelo médico da mulher — o ginecologista — e serve, basicamente, para verificar a saúde do sistema reprodutor feminino. De maneira geral, ele consiste:

  • na avaliação clínica (considerando os hábitos de vida e o histórico pessoal e familiar);
  • na realização de exames físicos (como exame pélvico, das mamas e palpação do pescoço e da glândula tireoide), mas sem deixar de fazer um exame físico completo como ausculta cardíaca e pulmonar;
  • na solicitação de exames complementares (laboratoriais e/ou de imagem).

Além disso, nessas consultas também são discutidos assuntos importantes, tais como métodos anticoncepcionais, hábitos de higiene, rotinas para melhorar a qualidade de vida e otimização da saúde como um todo. Por isso, é imprescindível contar com um bom profissional para acompanhá-la nas diferentes etapas da vida.

Quais são os exames realizados?

Os exames ginecológicos variam conforme a idade e as condições clínicas da mulher. Os principais são:

  • exame pélvico, o qual inclui a avaliação dos órgãos genitais externos, internos e, por vezes, do reto;
  • exames de sangue, o qual pode ser padrão, com foco hormonal e/ou servir para a pesquisa de doenças infecciosas;
  • Papanicolau, realizado por meio da análise laboratorial de uma pequena amostra de células do colo do útero, coletada durante o exame pélvico, indicado para mulheres que têm ou já tiveram vida sexual ativa, principalmente, entre 25 e 59 anos;
  • palpação das mamas, para identificar a presença de nódulos;
  • ultrassom das mamas, para uma avaliação mais precisa das mamas quando necessário;
  • mamografia, para rastrear o câncer de mama, podendo ser indicada como exame de rotina a partir dos 40 anos;
  • ultrassonografia pélvica, para avaliar o funcionamento dos ovários, a parede uterina e o endométrio, revelando eventuais alterações;
  • ultrassonografia transvaginal, solicitada quando o ginecologista identifica alguma alteração no exame físico ou precisa investigar alguma disfunção, como menstruação irregular;
  • densitometria óssea, para detectar a presença de osteoporose ou osteopenia, em mulheres na menopausa.

Mas, além dos exames básicos, a presença de fatores de risco associados pode levar à solicitação de avaliações extras. Essas, no entanto, são indicadas caso a caso.

Por que é importante realizá-lo?

As consultas e os check-ups ginecológicos são essenciais para manter a saúde em dia. Afinal, ajudam a prevenir a ocorrência, bem como o agravamento, de uma série de doenças.

A prevenção, especificamente, ocorre quando as mulheres seguem as orientações fornecidas pelos seus médicos. Isso, vale destacar, se dá promovendo melhorias no seu estilo de vida e/ou tomando corretamente a medicação prescrita.

Já em relação ao agravamento, ou seja, quando existe algum tipo de problema, a checagem periódica favorece o tratamento precoce. Dessa forma, ela reduz as complicações e aumenta as chances de cura.

Quais problemas de saúde podem ser identificados?

Como mencionado, os exames ginecológicos periódicos permitem identificar uma série de doenças graves. As principais são:

  • IST e câncer de colo do útero, rastreadas pelo Papanicolau;
  • câncer de mama, rastreado pela ultrassonografia das mamas ou pela mamografia;
  • osteoporose e osteopenia, rastreadas pela densitometria óssea da coluna e do quadril;
  • entre outras.

Qual é a frequência recomendada?

O consenso médico é o de que mulheres assintomáticas devem fazer uma visita anual ao especialista. Na ocasião, ele indicará os exames necessários e, caso identifique alguma alteração, iniciará o tratamento o mais breve possível.

Já quando a mulher apresenta queixas ou sintomas (como dor pélvica, coceira, caroços nas mamas, entre outros) ou foi exposta a um comportamento de risco (como relação sexual desprotegida, por exemplo), a procura por ajuda deve ser imediata. Afinal, não se deve nunca esperar um quadro clínico se agravar para consultar um médico.

Assim, a frequência do check-up ginecológico varia conforme a idade e as características de cada mulher. Se você deseja zelar pela sua saúde, bem-estar e qualidade de vida, encontre um médico de confiança e vá às consultas periodicamente!

Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. No entanto, caso ainda exista alguma dúvida, entre em contato para que possamos ajudar. Estamos à sua disposição!

Ginecologista, obstetra e diretor técnico do Espaço Binah - CRM/SC 13.883 | RQE: 9909

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